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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jesus "sarado" para os Jovens do Século 21


Amados,

Tanto a imagem acima quanto a matéria estão no site do UOL (http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/bbc/2011/09/22/artista-cria-jesus-sarado-para-aproximar-jovens-da-religiao.jhtm). Há, inclusive, outras imagens que abordam temáticas diferentes.

As estratégias para alcançarmos aqueles que precisam de um sentido são louváveis, mas será que um Jesus mais "modernizado" e "maneiro", é o que realmente precisamos? Os jovens o respeitarão mais por conta deste "upgrade" no visual? Sua mensagem, sem dúvida, é atual e cada vez mais impactante para a sociedade hodierna. Veja a matéria abaixo e opine. 

Jesus Cristo, herói do século 21. A reinvenção de quem, para os cristãos, é o filho de Deus gerou um fenômeno artístico nos Estados Unidos.

Com peitoral marcado, braços musculosos e atitude de vencedor, o Cristo chegou inclusive à capa do jornal The New York Times. "Um Chuck Norris de sandálias", assim definiu-o a publicação.

O autor dos desenhos, o artista Stephen Sawyer, 58, criou o projeto Art4God para tentar aproximar os jovens da religião. "Todos somos evangelistas de alguma coisa", disse Sawyer à BBC. "Sou o pregador do homem que viveu há 2 mil anos e continua sendo meu herói."

O artista sustenta que a imagem de Jesus masculino e forte vem da Bíblia. "Dificilmente poderiam ter narrado cenas como o ataque de Jesus aos mercadores do templo se o protagonista da história fosse um fracote", defende Sawyer. "Era um carpinteiro da classe trabalhadora. Com certeza o seu corpo era forte e musculoso, porque essa era a sua ferramenta de trabalho."

Através de livros, revistas e blogs, o desenhista, que vive em Kentucky, tem viajado os Estados Unidos alimentando o seu movimento. Apesar do sucesso, as imagens foram questionadas por grupos de conservadores, para quem destacar o físico de Jesus relega o seu aspecto espiritual. "Fico feliz que se crie um movimento em torno disto. A ideia é deixar de lado nossos prejuízos e aceitar as crenças de todos a partir da tolerância", responde o autor. "Não sei como Cristo era visto há 2 mil anos, nem me importa. Quero criar uma iconografia que seja relevante para hoje."

Valéria Perasso - BBC mundo Los Angeles.

Em Cristo,

Natanael Lima

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CONHECEDORES DA ÉPOCA



Necessidade de mudar sem perder a essência


Não é raro encontramos com líderes que se sentem desmotivados e com uma pergunta de difícil resposta – “O que será desta geração?” Muitos que estão liderando ou ensinando na Escola Dominical se deparam com esta e outras perguntas sobre como alcançar uma geração que está cercada de novidades tanto tecnológicas, quanto de aspecto intelectual, cultural, social e afetivo. Estamos inseridos em uma época que cobra mudanças rápidas e exige adaptações ainda mais rápidas. Como a EBD, juntamente como seu corpo docente, pode interpretar estes novos desafios e fomentar uma visão realista, porém bíblica do que estamos vivendo dentro e fora da igreja?

Quero basear o presente artigo no quinto filho de Jacó com Lia – Issacar. Temos muito o que aprender com o legado deixado por este personagem e tribo de Israel. Quando Jacó chama Issacar, assim como os demais filhos, para serem abençoados, o patriarca disse que Issacar era um jumento de ossos fortes, porém ficaria debaixo da escravidão dos Cananeus, a fim de não perder vantagens (Gn. 49.14). Na fase mosaica, esta tribo começou a ganhar um certo destaque. Uma grande oportunidade é concedida às tribos de Zebulom e Issacar. Note que são tribos pequenas, mas o líder Moisés vira grande valor em ambas (Dt. 33. 18, 19). A tribo de Issacar, nesta fase, crescera em honra e em número. Chegou a ser a terceira tribo em número de combatentes (1Cr. 7.2-5). Na fase de Davi temos o reconhecimento completo. No início do reinado de Davi, esta tribo era responsável por liderar e conduzir Israel (1Cr. 12.32). Eles vieram somente com 200 homens, ao passo que as outras tribos somaram seus milhares. Estes foram chamados de conhecedores da época e foram responsáveis pela direção e orientação do povo. Conhecer a nossa época é fundamental para que haja discernimento do que acontece ao nosso redor, tendo uma resposta embasada no molde bíblico.

Estamos precisando de líderes e professores que conheçam a sua época, ou seja, não ignorando os desafios e adaptações que precisam ser feitas, mas que possam buscar direção de Deus para que seus liderados entendam e andem na vontade de Deus. Para isto precisamos ser transformados, primeiro pela Palavra de Deus (Rm.12.2) para que possamos ser inconformados, no aspecto positivo, e agentes causadores de mudanças. Essas mudanças não tangem a parte bíblica e doutrinária da igreja, as quais são inegociáveis, mas nos levam a refletir, como evidenciado na tribo de Issacar – de jumento forte, porém acomodado a um conhecedor da época. Na tradução da Bíblia do Peregrino temos – “inteligentes e capacitados para avaliar os rumos de Israel”. Precisamos de mestres e doutores? Sim! Mas que estes possam ser cheios do Espírito Santo para responderem às grandes questões que estão na alma humana e que somente um homem de Deus o pode fazer (1Co. 2.11-13).

A Escola Dominical ainda se preserva viva e atuante porque traz em sua formação um profundo interesse em conhecer as pessoas, cuidar delas e lhe mostrar o que Deus tem para a alma do ser humano. Podemos dizer que as épocas mudaram, as pessoas mudaram, a própria EBD precisou mudar, haja vista o material rico e diferenciado para todas as idades, assim como seus professores, mas temos uma centralidade imutável – Jesus Cristo. Por isso, incentivo a cada líder e professor que mude e readapte-se para que essa geração seja alcançada e movida pelo poder de Deus, mas que não esqueçamos os princípios da base cristã (Hb.12.27).

No livro Quem mexeu no meu queijo, uma grande fonte para refletir sobre mudança, os personagens são provocados a mudarem constantemente e buscarem por novos depósitos de queijo (o queijo pode ser qualquer coisa que almejamos). O livro trata de como nos acomodamos perante situações de conforto e nos alerta para mudanças rápidas e imprevisíveis. Uma das frases contida no livro e que pode encerrar esta reflexão é: “cheire o queijo com frequência para saber quando está ficando velho”. Podemos ser poucos como Issacar, mas podemos fazer grande diferença tendo o direcionamento de Deus ao ensinar, pregar e falar do amor de Cristo para esta geração.

Natanael Lima

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lady Gaga por Inri Cristo...


Amados,

Não gosto de fazer crítica meramente pela crítica, mas assista ao vídeo e veja se o Senhor Jesus Cristo, que morreu na Cruz e ressuscitou ao terceiro dia, iria prestar este papel, mesmo que fosse para usar a mídia como forma de evangelização. Notem, até legenda em inglês eles colocaram!

Fica dificil acreditar, mas é deprimente. Bem, sua opinião é mais importante!


Deus abençoe,

Natanael Lima.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Princípios de uma Educação Cristã


Paz em Cristo!

Abaixo segue um brilhante texto sobre a confluência da Teologia e Padagogia (título original do artigo). Recomendo-o a todos os professores, mestres e pastores. Dá-nos uma visão ampla e crítica do que precisa ser um processo de aprendizagem centrado na Bíblia, na vontade soberana de Deus e na disciplina que não só corrige, mas faz gerar frutos.

Para uma filosofia da educação cristã, é básico que o ensino esteja baseado em uma sã teologia e doutrina bíblica do homem. Sendo Cristo o Senhor, o homem não pode sê-lo. A soberania de Deus exclui a soberania do homem. A soberania de Deus significa que nossos critérios educacionais devem derivar da Escritura, não do homem.

Isto significa que, em razão da Escritura deixar claro que o homem é uma criatura caída, vivendo em um mundo caído, a educação deve tratar com o fato do pecado. A educação não é evangelismo: é instrução. Em todas as áreas da instrução, as pressuposições se extraem da Escritura, não do homem. Deste modo, na biologia, a base para a teoria da evolução não está na informação biológica, mas no esforço do homem para eliminar Deus do universo. De modo que, o que atrai na teoria é religioso, não científico; não explica de maneira satisfatória nada com respeito ao universo, porém satisfaz a hostilidade do humanista para com Deus. Uma filosofia cristã da educação reconhecerá as pressuposições da educação não cristã e se concentrará em desenvolver pressuposições bíblicas como a única base sólida para uma resposta e perspectiva cristãs. Em outras palavras, os homens pensam e agem em termos do que crêem; a fé governa a vida, e as pressuposições determinam nossas ciências, artes e filosofia.

Isto significa, como se indicou, que existe uma relação necessária entre a fé e o conhecimento. O que sabemos é produto do que cremos. O progresso das ciências no ocidente cristão não é uma casualidade. Somente é possível ciência onde existe a fé em um Deus cujo conselho de predestinação introduz uma lei e uma ordem totais no universo. O relativismo faz com que a ciência seja finalmente impossível; o mesmo sucede com o politeísmo: não pode existir nenhum universo, apenas um multiverso que não tem nenhuma verdade nem significado comum.

Nossa perspectiva deve ser determinada pela teologia, não pela biologia. O homem é produto, não da biologia, mas da palavra criativa de Deus. Isto significa que a determinação teológica é anterior à biologia, e que o determinismo biológico não tem validez.
Assim, a perspectiva moderna encara a adolescência com sua fase tempestuosa, tensa, rebelde e pretensamente independente como realidades biologicamente determinadas e naturais para o homem. Porém, de fato, a adolescência é um produto cultural, a marca distintiva de uma cultura decadente, e é quase desconhecida na história da civilização fora da era moderna.
Na maioria das culturas, o que chamamos adolescência é mais um tempo de imitação cuidadosa e atenta dos adultos e da geração mais velha. Os jovens, ingressando na vida madura e no trabalho, estão preocupados em aproximar-se cada vez mais do mundo dos adultos e serem aceitos por eles. Em lugar de rebelar-se contra a geração adulta, os jovens buscam ingressar e se iniciar no mundo dos adultos. Foi somente porque o existencialismo coroou o isolamento e a independência radical que os jovens associam a chegada da maturidade física com uma declaração de guerra e independência. Simplesmente estão representando assim o rito necessário de “confirmação” religiosa do mundo moderno. O jovem cristão é confirmado na fé de seus pais na medida em que se aproxima da maturidade; o rito de confirmação do jovem humanista é a adolescência e sua rebeldia ou existencialismo.

A disciplina é fundamental para a educação cristã, porém não se deve confundi-la com castigo. A raiz do termo disciplina é discípulo, e o verdadeiro ensino faz da criança um discípulo feliz e entusiasmado de Cristo, apto para aprender porque ser capaz e estar completamente empenhado no serviço de Deus é um aspecto necessário e honroso da vida em aliança. O castigo é um recurso último, embora necessário. A verdadeira disciplina é positiva; o castigo é negativo. A disciplina estabelece metas, padrões, exigências, provas e medidas. A disciplina cria uma motivação e um relógio internos, de modo que a vida da criança se torna progressivamente uma vida disciplinada, e a disciplina se torna uma parte natural da vida da criança, e isto também de maneira permanente. A disciplina cria uma relação vital entre a fé e os hábitos, de modo que a fé do indivíduo se converte em uma fé disposta e ativa.

A educação é, por necessidade, não somente teológica por natureza, mas também teocêntrica. Centra-se em Deus porque Deus, como Senhor, requer que todas as coisas o sirvam. O Catecismo Menor de Westminster nos diz que “o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo eternamente”. Todas as áreas da vida e pensamento devem estar alinhadas com este propósito, e especialmente a educação. A educação humanista tem como fim glorificar o homem e capacitá-lo para que desfrute a si mesmo; isso é algo que sempre estará fadado ao fracasso. A educação cristã não pode ser educação secular com um pouquinho de Bíblia. Não se adiciona a Bíblia a um currículo pronto; a Bíblia deve estabelecer, governar e condicionar o currículo, ou não teremos uma educação cristã.

Autor: Rousas J. Roshdoony
Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Fonte: The Philosophy of the Christian Curriculum, p. 162-164.

*Edward Shorter: The Making of the Modern Family, pp. 76, 98-102, 106, 114-116, 251. New York, N.Y.: Basic Books, 1975.


Natanael Lima