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sábado, 17 de novembro de 2012

A SALA DE JOVENS NA EBD


 

 
Todas as salas são desafiadoras e possuem públicos com exigências singulares e que demandam um esforço grande extra-classe. Já tratei aqui neste espaço sobre a visão que o professor deve ter em relação ao ensino hoje. Tudo mudou. As pessoas aprendem de diversas formas, o que exige, no mínimo, um olhar mais apurado de quem ensina. Não ensinamos, somente. Aprendemos também. Podemos ter um grau de interação e fluidez de aquisição de conhecimentos diferenciados em cada sala, mas precisamos ter em mente que o ensino-aprendizagem caminha desta maneira.

Como promover o ensino e motivar uma sala de jovens que vai da faixa dos 18 aos 25 anos de idade? Muitos deles, já iniciaram o grau superior ou estão se formando secularmente e lutam, literalmente, para que aos domingos estejam na EBD. Assim como as demais salas, trazer algo muito pronto e previsível, pode ser desmotivador e pouco participativo. Dentro do assunto, o professor pode expor o assunto e facilitar a cooperação da sala rumo a uma discussão. Aula mais expositiva cabe em alguns momentos e, dependendo do tópico, pode ser interessante, porém pode, ao longo do trimestre, desgastar o professor e questionar a capacidade interativa de seus alunos, assim como vedar grandes contribuições de conhecimento dentro do campo secular de cada um e no espiritual também.

Se existe uma sala que busca uma aplicação do que se discute e estuda, eis a sala. Havendo a exposição, debate, esclarecimentos de tópicos e fundamentação bíblico-teológica, resta para esta sala a pergunta: “Como isto me atinge hoje?” “Como posso aplicar isso a minha realidade?” São perguntas valiosas que merecem atenção do professor e são comuns, dados os desafios que a juventude enfrenta fora da igreja. Havendo uma confluência de caminhos e atitudes a serem tomadas, dentro de uma fundamentação bíblica também, onde o professor demonstra segurança, com certeza sua sala de aula não será tomada pela monotonia ou pela evasão dos alunos.

Juventude, além do vigor físico e intelectual, gosta e está “plugada” nas tecnologias. Dentro da possibilidade, mescle assuntos destas áreas e traga para sua aula. Aproveite a facilidade das redes sociais e partilhe um estudo relacionado a uma das lições ou coloque um desafio a ser solucionado em sala de aula com os demais. Por terem energia e gostarem de testar o conhecimento dos docentes, vez por outra, alguém pode iniciar o tópico da lição ou mesmo conduzir a aula com o amparo devido do professor. Não cabe aqui dizer que estamos medindo força ou abrindo mão de ensinar, mas a classe precisa ter a oportunidade de ouvir pessoas diferentes e, como grande contribuição, descobrir futuros professores e ensinadores da Bíblia.

Uma sala que pode ser impactada com o poder de Deus é justamente esta. A influência de quem ensina, sua vida e maneira como trata a palavra de Deus, serão notados. Carecemos de bons exemplos e a juventude depende disso para que a aplicação da palavra seja depositada no coração. Para que as verdades espirituais sejam comparadas com as espirituais e que o genuíno discernimento brote de uma mente renovada por Cristo (1Co. 2: 13,14,16).

Ev. Natanael Lima


AD – Vila Espanhola – São Paulo