Aos amigos e irmãos,
Gostaria de partilhar esse estudo publicado em novembro de 2000 no site e revista "Chamada da Meia-Noite" da autoria de Norbert Lieth. O estudo possui 3 partes relacionadas às épocas da história da igreja na terra. Quero colocá-las separadamente para uma compreensão e meditação melhores.
"Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que nãos nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço" (Mateus 25.1-13).
Primeira época: a era dos apóstolos e os tempos pós-apostólicos (de Pentecostes até o início do século 3 d. C.)
Esse foi o tempo do primeiro amor, caracterizado por uma espera diária e viva pela volta de Jesus Cristo, que o Senhor descreve da seguinte maneira: "Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo" (Mt 25.1).
Na época dos apóstolos e nos primórdios da Igreja, a Palavra ainda era tão viva e eficaz entre os crentes, que eles esperavam constante e intensamente pelo Senhor e por Sua volta. Era costume na época, por exemplo, cumprimentar-se com a saudação "Maranata", que significa "Vem, nosso Senhor!"
Havia nesse tempo um movimento evangelístico, orientado pelo Senhor, indo em Sua direção como que com tochas acesas e brilhantes. Em quase todas as suas cartas, os apóstolos escreviam sobre a esperança viva da volta de Jesus, apresentando-a às igrejas como sendo possível a qualquer momento. Paulo, por exemplo, alegrou-se com a igreja de Tessalônica e confirmou para os cristãos dali: "pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura" (1 Ts 1.9-10). E a Timóteo ele fez saber: "já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda" (2 Tm 4.8).
Os quase 270 capítulos do Novo Testamento mencionam aproximadamente 300 vezes a volta do Senhor Jesus. Um comentário bíblico diz o seguinte:
Só alcançaremos o nível espiritual e a vida santificada que o Novo Testamento ensina, quando a espera pelo Senhor receber tanto espaço em nossos corações como o tinha nas igrejas dos tempos apostólicos. O Dr. Kaftan disse: "O maravilhoso poder da Igreja primitiva residia única e exclusivamente em sua esperança viva pela volta visível e pessoal de Cristo".
Uma afirmação de Pedro, que se ajusta muito bem à parábola das dez virgens, mostra quanto o tempo dos apóstolos ainda era impregnado pela expectativa da volta de Jesus: "Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pe 1.19). De que modo as dez virgens foram ao encontro do Senhor? Com suas candeias acesas. Isso simboliza a palavra profética, que deve ser colocada no velador. A exortação do Senhor Jesus é: "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (Lc 12.35-37). De fato, a era da igreja primitiva era fortemente caracterizada pela espera pelo Senhor, como Jesus disse na parábola: "Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram e encontrar-se com o noivo".
Natanael Lima
nat28@uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário