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sábado, 30 de outubro de 2010

As Bases Teológicas dos Pais da Igreja: Irineu




Paz em Cristo a todos!

Quero partilhar um pouco das bases teológicas formadas durante o período patrístico ou período dos chamados “pais da igreja”. Nesse período as heresias cresceram abundantemente, o que provocou a imediata reação por parte dos pensadores da igreja. Além do sincretismo religioso e do processo de helenização que envolvia a igreja, muitos já se voltavam e se viam tentados pelos “cultos de mistérios”, os quais possuíam rituais pagãos e atingiam diretamente as bases deixadas pelos apóstolos. As cartas às setes igrejas da Ásia (Ap. 2) ilustram muito bem, tanto o processo de helenização, quanto a mistura e diversidade no culto em que as igrejas estavam expostas. Portanto, a grande luta enfrentada pela igreja tangia, naquele momento, o seu interior, mais do que o exterior.

Nesse breve estudo, quero focar as bases teológicas deixadas por Irineu, Tertuliano e Orígenes. Com esses três pilares podemos pensar teologicamente e criar um viés que possa nos ajudar nas construções e considerações de teologia contemporânea que venhamos a fazer. Eis um grande desafio!

Diante das assertivas acima, quero começar com a base teológica deixada por Irineu. Sabe-se muito pouco de sua vida, mas postula-se que seu nascimento tenha ocorrido na Ásia menor, possivelmente em Esmirna, por volta do ano 135 d.C. Irineu foi bispo de Lião e lutou pela união da igreja, pela paz e contras as diversas heresias.

Seu legado teológico ficou centrado, basicamente, na história. Irineu constrói sua base teológica no relato bíblico partindo da criação e na maneira como Deus via Adão e Eva. Com isso, Irineu é visto como um teólogo voltado para a defesa doutrinária, não colocando sua mera visão, mas tentando usar a história como um acervo teológico a ser investigado.

Sua visão, portanto, era abrangente no tocante ao plano divino para o homem e na maneira como enxergava a pessoa de Cristo. Nesse último, Irineu faz questão de deixar claro que a igreja, vista como corpo, é a união perfeita com sua cabeça – Cristo. A plenitude (pleroma) tão desejada pela igreja, porém combatida na divisão que os hereges causavam, só poderia ser alcançada nesse perfeito casamento espiritual. Com essa base teológica, Irineu conseguiu minar o castelo dos gnósticos, que diziam possuir uma doutrina secreta dada pelos apóstolos a alguns de seus mestres.

O que podemos aprender com essa base teológica? Com Irineu podemos entender a importância da manutenção doutrinária e firmar nossas bases em Cristo, como o real condutor e o único com o poder de regenerar a raça humana, após a queda de Adão.

Medite nessa breve reflexão e não perca a continuidade dos demais estudos e análises. Conto com sua opinião para crescermos juntos.

Deus abençoe!

Natanael Lima

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