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terça-feira, 26 de junho de 2012

CARTA A UM AMIGO EUROPEU, junho de 1908

                                           Carta fictícia com trechos históricos verídicos

Prezado amigo Keith,

Paz do Senhor Jesus seja contigo! Muito me alegrei em estar no lançamento de seu célebre livro. Creio que será um marco para a apologia cristã e ajudará, principalmente, os professores, alunos da Escola Dominical e obreiros, que já enfrentam o relativismo e ceticismo para com o Cristianismo.

Tenho ouvido falar que a Europa está se distanciando da fé cristã e sua pena tem incomodado alguns pensadores contrários ao pensamento cristão. É triste ver o berço do Evangelho enfrentar tamanhas mudanças e contradições. O que será de nós daqui a 100 anos? Será que o Evangelho sobreviverá neste século 20? Seu livro demonstra algo maravilhoso e que todo cristão deve ter como âncora da alma – a suficiência da fé cristã para dar sentido à existência humana. Tento imaginar você, meu querido amigo, perante o apóstolo Paulo. Vocês teriam muito por conversar. Seria inigualável tal encontro!

Tenho acompanhado alguns célebres escritores e pensadores como García Márquez, Hemingway e T. S. Eliot elogiarem seu pensamento e destreza de suas palavras. Vejo sua influência nas palavras destes homens. Por esses dias, até Gandhi se mostrou influenciado por seu pensamento e defesa de fé.

Vejo que sua jornada revelada nesta bela obra vem trazer um facho de luz para as mentes futuras. Confesso que me preocupo com a igreja e como esta enfrentará a promiscuidade sexual, o relativismo, a deterioração da família e dos relacionamentos. Se você me permitir, gostaria de saber mais sobre seus debates com alguns céticos e ateus como Bertrand Russell, H.G. Wells e George Bernard Shaw.

Confesso que muitos de nós, também, vivemos um conflito antigo que Lutero, John Wesley e outros grandes homens de Deus viveram, como ser intelectual sem perder a fé. Fé e razão podem crescer juntas, sem causarem desvios e heresias? Poderíamos falar disso um pouco mais em nosso próximo encontro.

Fico alegre de ver que ainda há homens que não se envergonham da fé cristã e podem, mediante as teorias e filosofias, exaltarem a fé que há em Cristo Jesus. Fico triste quando descubro que seminaristas, antes crentes e com uma vida devocional sadia, se desviaram da fé dando ouvidos às doutrinas de teólogos liberais, que não têm um mínimo de preocupação em ganhar almas para o Reino de Cristo.

Findo esta carta, dizendo que nós, professores e estudiosos da Bíblia, precisamos de um renovo perene e genuíno do Espírito Santo para não deixarmos uma das conquistas originais e forte da igreja – o ensino bíblico promovido pela Escola Dominical com o objetivo da estruturação da fé cristã.

Minhas sinceras lembranças e saudações aos seus.

Natanael Lima - São Paulo, SP

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