Prezado amigo Keith,
Paz do Senhor Jesus seja contigo! Muito me alegrei em estar no lançamento de seu célebre livro. Creio que será um marco para a apologia cristã e ajudará, principalmente, os professores, alunos da Escola Dominical e obreiros, que já enfrentam o relativismo e ceticismo para com o Cristianismo.
Tenho ouvido falar que a Europa está se distanciando da fé cristã e sua pena tem incomodado alguns pensadores contrários ao pensamento cristão. É triste ver o berço do Evangelho enfrentar tamanhas mudanças e contradições. O que será de nós daqui a 100 anos? Será que o Evangelho sobreviverá neste século 20? Seu livro demonstra algo maravilhoso e que todo cristão deve ter como âncora da alma – a suficiência da fé cristã para dar sentido à existência humana. Tento imaginar você, meu querido amigo, perante o apóstolo Paulo. Vocês teriam muito por conversar. Seria inigualável tal encontro!
Tenho acompanhado alguns célebres escritores e pensadores como García Márquez, Hemingway e T. S. Eliot elogiarem seu pensamento e destreza de suas palavras. Vejo sua influência nas palavras destes homens. Por esses dias, até Gandhi se mostrou influenciado por seu pensamento e defesa de fé.
Vejo que sua jornada revelada nesta bela obra vem trazer um facho de luz para as mentes futuras. Confesso que me preocupo com a igreja e como esta enfrentará a promiscuidade sexual, o relativismo, a deterioração da família e dos relacionamentos. Se você me permitir, gostaria de saber mais sobre seus debates com alguns céticos e ateus como Bertrand Russell, H.G. Wells e George Bernard Shaw.
Confesso que muitos de nós, também, vivemos um conflito antigo que Lutero, John Wesley e outros grandes homens de Deus viveram, como ser intelectual sem perder a fé. Fé e razão podem crescer juntas, sem causarem desvios e heresias? Poderíamos falar disso um pouco mais em nosso próximo encontro.
Fico alegre de ver que ainda há homens que não se envergonham da fé cristã e podem, mediante as teorias e filosofias, exaltarem a fé que há em Cristo Jesus. Fico triste quando descubro que seminaristas, antes crentes e com uma vida devocional sadia, se desviaram da fé dando ouvidos às doutrinas de teólogos liberais, que não têm um mínimo de preocupação em ganhar almas para o Reino de Cristo.
Findo esta carta, dizendo que nós, professores e estudiosos da Bíblia, precisamos de um renovo perene e genuíno do Espírito Santo para não deixarmos uma das conquistas originais e forte da igreja – o ensino bíblico promovido pela Escola Dominical com o objetivo da estruturação da fé cristã.
Minhas sinceras lembranças e saudações aos seus.
Natanael Lima - São Paulo, SP
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