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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Púlpito com Qualidade parte 2




Amados,

Continuando a série sobre Homilética, focaremos neste espaço o segundo e terceiro estágios na preparação de um sermão.


2º. Estágio – Isole o pensamento dominante

Todo texto tem um tema principal. Devemos meditar sobre ele até que esse princípio central surja. Qual é a ênfase principal da Palavra de Deus nesta passagem? O que Deus está dizendo neste texto? Nosso dever é meditar e orar para penetrarmos neste texto, até que nos submerjamos nele, até que ele passe a controlar a nossa mente e coloque em fogo nosso coração e até que nos tornemos “servos” do texto.

Alguns pregadores não são servos, mas senhores do texto. Eles torcem e manipulam o texto de modo a fazê-lo dizer o que eles querem. Temos de nos arrepender quando fazemos isso com a Palavra de Deus. Devemos permitir que a Palavra de Deus nos controle e não o oposto.

3º. Estágio – Prepare o material para ajudar o pensamento dominante

Há duas coisas que vão nos ajudar nisto. A primeira é negativa e a segunda positiva. Em primeiro lugar, seja impiedoso em rejeitar o que é irrelevante. O que temos diante de nós até agora é uma porção de idéias que, sem pensar, nós escrevemos e aqueles pensamentos dominantes que já deixamos bem claros. Temos agora de colocar em ordem todo esse material de modo que ele se subordine e siga o pensamento dominante.

Muitos de nós achamos essa tarefa muito difícil. Talvez tenhamos idéias cintilantes, talvez tivemos pensamentos abençoados que anotamos no papel e queremos arrastá-los para o sermão de qualquer maneira. Não o faça! Tenha a coragem de deixá-los de lado. Eles se tornarão úteis em alguma outra ocasião. Mas se eles agora não servem ao pensamento dominante, deixe-os fora. Isso exige grande determinação mental. Em segundo lugar, devemos subordinar o material de modo que ele sirva ao tema.

Isso me leva a dizer algo sobre estrutura, palavras e ilustrações.Todo sermão tem que ter uma estrutura. Muitos pregadores, claro, têm três pontos a serem explicados. É possível ter apenas dois, ou quatro, ou até mesmo cinco. Mas é impressionante a frequência com que nós voltamos aos três pontos. Há uma condição que é essencial para uma boa estrutura: Ela deve ser natural e não artificial.

Alguns de vocês já devem ter ouvido falar de Alexander Maclaren. Foi um grande pastor batista na lnglaterra, no século passado. Algumas de suas exposições da Bíblia ainda são impressas hoje. Ele era especialista nesta estrutura natural. Os amigos costumavam dizer que ele guardava algo em seu bolso. Era um pequeno martelo dourado. Com esse martelo dourado ele batia sobre o texto. À medida que ele batia sobre o texto, esse se abria nas suas divisões naturais. É disto que todos nós precisamos: de um “martelinho dourado”.

Mudando a metáfora, as divisões do texto têm que se abrir como as pétalas de uma rosa abrindo-se ao sol. É importante que dividamos a Palavra de Deus naturalmente, não impondo uma estrutura artificial sobre o texto.

Ainda esta semana teremos os dois estágios finais na preparação de um sermão.

Aguardem! Deus lhe abençoe.

Natanael Lima

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