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sábado, 2 de julho de 2011

Púlpito com Qualidade parte 3




Amados,

Chegamos à conclusão do tema homilética, a qual foi distribuída em 5 tópicos e em 3 momentos aqui neste ambiente virtual. Aproveito o espaço para agradecer às várias demonstrações de carinho e respeito advindas de muitos irmãos e amigos.

4º Estágio – A escolha das palavras

As palavras também são extremamente importantes. Todos percebemos isso quando temos que mandar um telegrama. Temos apenas 12 ou 15 palavras e passamos muito tempo preparando a nossa mensagem de modo que nossas palavras não sejam mal entendidas.

Cremos que Deus Se deu ao mesmo trabalho. Creio na inspiração verbal da Bíblia, ou seja, que a inspiração se estendeu às mesmas palavras que Deus escreveu. Se as palavras foram tão importantes para Deus, precisam ser importantes para nós.

Não estou sugerindo aqui que leiamos os nossos sermões. Creio, porém, que é uma boa disciplina na nossa preparação, que escolhamos bem as palavras que vamos usar para expressar os nossos pensamentos. Além de exatas, as palavras têm de ser simples. Não tem sentido falar como se tivéssemos engolido um dicionário.

Sejamos simples no nosso palavreado e também vívidos, de modo que as palavras transmitam uma imagem mental às pessoas que estão ouvindo. Quero, particularmente, recomendar aos pregadores mais jovens, como eu, a levarem bastante tempo escrevendo e preparando o sermão. Confesso que fiz muito isto entre os meus 17 e 22 anos. Só depois de termos feito isso durante 5 ou 10 anos é que vamos aprender a colocar os nossos pensamentos em palavras claras.

Um testemunho pessoal - aqueles que ensinam na EBD e têm um chamado para pregar, não tenham pressa! Grande parte do que sou hoje, devo à Escola Dominical, pois com 19 anos já ensinava na classe de Jovens e Obreiros. Portanto, continuem ensinando, pois dar aulas favorece à organização de pensamentos e clareza de ideias. O anonimato da EBD, que poucos valorizam, é uma fortaleza para quem quer ser um pregador com um ministério sólido e eficiente perante Deus e a igreja.

5º Estágio – As ilustrações

Qual o propósito de uma ilustração? É tornar concreto o que é abstrato. “Meditação” é uma palavra abstrata. Devemos ruminar o texto como um boi rumina o capim. Penetrá-lo como um beija-flor penetra a flor. Desejá-lo como uma criança deseja um brinquedo. Preocuparmo-nos com ele como o cachorro se preocupa com seu osso.

Passamos do boi para o beija-flor, do beija-flor para a criança, da criança para o cachorro. Cada uma dessas ilustrações era uma imagem em sua mente. Eu usei destas ilustrações, deliberadamente, a fim de transformar o que era abstrato em algo concreto.

Há um provérbio oriental que explica isso: “eloqüente é aquele que consegue transformar o ouvido em olho, de modo que os seus ouvidos possam ver aquilo que ele fala”.

Portanto, temos que usar deste recurso para que as pessoas vejam o nosso pensamento e saiam edificadas com a Palavra da Verdade.

Espero ter contribuído para o crescimento e aprimoramento pessoal daqueles que têm um ministério voltado à pregação da Palavra ou que, simplesmente, têm curiosidade de saber como lidar com um texto bíblico e buscar fontes de pesquisa dentro da Bíblia, favorecendo, ao mesmo tempo, um olhar mais abrangente, porém preciso.

Deus abençoe a todos!

Natanael Lima

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